sexta-feira, 3 de agosto de 2012

1+1


É impressionante como os laços humanos são tão facilmente quebrados. Quer dizer, às vezes você tem um(a) amigo(a) há anos, e por qualquer motivo que seja, tudo acaba. Às vezes você fica casado com uma pessoa por vinte anos, e de repente, até mesmo pelos motivos mais banais possíveis, acaba tudo. Quando a gente gosta de alguém, a gente fica tão vulnerável. Vulnerável a vontades, a caprichos. Tudo é a outra pessoa. E o que importa é o que essa pessoa quer e o que ela não quer. E então surge confusão. Como não ficar confusa? Como gostar de alguém, querer agradar, mas ao mesmo tempo, se manter fiel a si mesmo? Sem trair suas próprias vontades, seus próprios caprichos... É muito difícil achar isso. Poder conciliar essas duas coisas em um único relacionamento. Seja ele de amizade, amoroso, familiar, enfim, em qualquer relacionamento. Gostar de alguém é se sacrificar às vezes. É entender que pra você poder manter alguém, você tem que ceder. Nem tudo vai ser como você quer. Mas ao mesmo tempo entender que às vezes as coisas têm que ser como você quer, se não você se perde. Você perde sua essência. São duas vontades. Ninguém tem que se opor. Tem que se completar. Se compreender. Nem preciso dizer o quanto isso é raro, não é? Boa sexta!

"A vida me mostrou que é pouco o que eu sei
Eu abro a porta pro que eu não perguntei
E assim eu vou..."

terça-feira, 31 de julho de 2012

Música pra um final de terça...


Adele - Turning Tables

Close enough to start a war
All that I have is on the floor
God only knows what we're fighting for
All that I say, you always say more...
Next time I'll be braver
I'll be my own savior
When the thunder calls for me...

Depois da alegria...

Depois da alegria, vem o vazio... Opa! Tá certo isso? Tá certo sim. Depois sempre vem a tristeza. Às vezes tenho tanta dificuldade pra entender as pessoas. Elas estão sempre mudando de humor. Esquenta, esfria, esquenta, esfria. Uma hora te adoram, outra hora não sentem nada. Ou sou eu a esquisita? Sou eu que tô sempre mudando de humor? E então, depois da atitude, vem o arrependimento. Depois da guerra, vem a felicidade. Depois da felicidade, vem o tédio. E você pode ler mil livros e ver infinitos filmes com esse tema, mas tem coisas que você simplesmente não entende. Não dá pra entender, ou adivinhar, o que quer que seja que passe pela cabeça de uma pessoa. Ou o que leva essa pessoa a agir de determinada maneira. A "alegria" nem sempre quer dizer que tá tudo bem. Uma vez eu li um texto que dizia que ninguém é feliz o tempo todo, e sim que a vida é composta por momentos de felicidade. Fragmentos. Eu acho que isso é verdade. Acho que faz muito mais sentido. E às vezes passa tanta coisa pela minha cabeça que eu nem sei como organizar meus pensamentos. Às vezes eu não sei agir por mim mesma. Não sei o que fazer. Mas todo mundo é assim né? Tá vendo? Eu já tô perdida em pensamentos. Não falo nem penso nada com nada. Nessas horas, o melhor a se fazer é dormir. Porque dormir é uma fuga. É o momento em que você não tem que pensar em nada. Ai que bom não pensar em nada...

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Ágape...


Há algumas semanas, li um livro do Padre Marcelo Rossi chamado 'Ágape'. É bem conhecido, campeão de vendas (e com razão!). No livro, ele diz que Ágape quer dizer 'amor incondicional'. Cada capítulo é uma parte do Evangelho de São João, e teve um em particular que me fez pensar. No final dos capítulos, o padre faz um sermão sobre a parte do Evangelho que foi lida. Tem um capítulo que fala sobre perdão. E me fez pensar. O padre Fábio de Melo tem uma frase que diz que a pessoa que você mais perdoa é que você mais ama. E o perdão é mesmo uma dádiva. Uma virtude. É pros fortes, e nunca pros fracos. Quem é fraco não consegue perdoar. Só quem tem fé, quem é forte, que consegue perdoar. E então, no mesmo livro, tem uma passagem que conta a história de uma menina que gostava de ofender as pessoas, seja com palavras, seja com atitudes. Certo dia, a professora a chamou e pediu pra ela amassar um papel. Ela amassou, e então a professora pediu pra ela desamassar o papel e deixá-lo exatamente como era antes de ser amassado. A menina disse que isso era impossível, então a professora lhe explicou que são assim com as ofensas: por mais que a gente tente consertar, remendar, se redimir, nunca mais é a mesma coisa. O papel nunca mais vai ser intacto. Desgasta. Então até onde vai o orgulho, e até onde vai o perdão? Até que ponto você perdoa tanto que você se sente feito um bobo por alguém, ou até que ponto você deve insistir, deve dar mais uma chance de perdão? Jesus ensina que o perdão deve ser sempre concedido. O perdão é divino. Fico pensando que nós, mulheres, somos muito mais sensíveis que os homens em tantos sentidos. Somos bobas, choramos por qualquer coisa, qualquer música, qualquer filminho de romance. Tenho a impressão de que um sopro forte pode nos levar pra longe, de tão frágeis. Mas a fragilidade não é sinônimo de fraqueza. Fraqueza é se perder em pensamentos que não levam a lugar algum. Fraqueza é não perdoar. Fraqueza é perdoar também, às vezes. Somos eternos dependentes das pessoas que amamos. Mesmo que não consigamos admitir. Bem que Antoine de Saint-Exupéry já dizia que nós somos eternamente responsáveis por aquilo que cativamos...

Oi, segunda!

Oi, segunda. Você que chega sempre com uma sensação de desespero, um cheirinho de cansaço. Você que sempre chega com um quê de tristeza, de solidão... Comigo, não! Nem você vai conseguir me desanimar hoje. Nem você vai conseguir me tirar do meu estado de torpor, enquanto eu me afundo em minhas muitas músicas clichês, filmes de mulherzinha, minhas vontades por coisas bobas. Enquanto você fica aí, me encarando, me ameaçando, eu danço e rio na sua cara. E então, quando eu menos espero, você passa, tão rápido quanto chegou. Quando eu vejo, você já tá bem longe. Longe dos meus devaneios. E então você chega de novo. E me vê crescer. Amadurecer. Vê mágoa. Vê tristeza. Mas também vê felicidade. Vê novos caminhos sendo traçados. Vê novas formas de alegria. Vê uma porta se abrindo. E então eu decido te ignorar. Te ignoro até você passar. Porque você sempre passa. Passa, e nem sempre deixa aquele sabor amargo. Às vezes é doce. É tão doce que me faz pensar em não ter tanto medo de você assim...