segunda-feira, 30 de julho de 2012

Ágape...


Há algumas semanas, li um livro do Padre Marcelo Rossi chamado 'Ágape'. É bem conhecido, campeão de vendas (e com razão!). No livro, ele diz que Ágape quer dizer 'amor incondicional'. Cada capítulo é uma parte do Evangelho de São João, e teve um em particular que me fez pensar. No final dos capítulos, o padre faz um sermão sobre a parte do Evangelho que foi lida. Tem um capítulo que fala sobre perdão. E me fez pensar. O padre Fábio de Melo tem uma frase que diz que a pessoa que você mais perdoa é que você mais ama. E o perdão é mesmo uma dádiva. Uma virtude. É pros fortes, e nunca pros fracos. Quem é fraco não consegue perdoar. Só quem tem fé, quem é forte, que consegue perdoar. E então, no mesmo livro, tem uma passagem que conta a história de uma menina que gostava de ofender as pessoas, seja com palavras, seja com atitudes. Certo dia, a professora a chamou e pediu pra ela amassar um papel. Ela amassou, e então a professora pediu pra ela desamassar o papel e deixá-lo exatamente como era antes de ser amassado. A menina disse que isso era impossível, então a professora lhe explicou que são assim com as ofensas: por mais que a gente tente consertar, remendar, se redimir, nunca mais é a mesma coisa. O papel nunca mais vai ser intacto. Desgasta. Então até onde vai o orgulho, e até onde vai o perdão? Até que ponto você perdoa tanto que você se sente feito um bobo por alguém, ou até que ponto você deve insistir, deve dar mais uma chance de perdão? Jesus ensina que o perdão deve ser sempre concedido. O perdão é divino. Fico pensando que nós, mulheres, somos muito mais sensíveis que os homens em tantos sentidos. Somos bobas, choramos por qualquer coisa, qualquer música, qualquer filminho de romance. Tenho a impressão de que um sopro forte pode nos levar pra longe, de tão frágeis. Mas a fragilidade não é sinônimo de fraqueza. Fraqueza é se perder em pensamentos que não levam a lugar algum. Fraqueza é não perdoar. Fraqueza é perdoar também, às vezes. Somos eternos dependentes das pessoas que amamos. Mesmo que não consigamos admitir. Bem que Antoine de Saint-Exupéry já dizia que nós somos eternamente responsáveis por aquilo que cativamos...

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