Oi, segunda. Você que chega sempre com uma sensação de desespero, um cheirinho de cansaço. Você que sempre chega com um quê de tristeza, de solidão...
Comigo, não! Nem você vai conseguir me desanimar hoje. Nem você vai conseguir me tirar do meu estado de torpor, enquanto eu me afundo em minhas muitas músicas clichês, filmes de mulherzinha, minhas vontades por coisas bobas. Enquanto você fica aí, me encarando, me ameaçando, eu danço e rio na sua cara. E então, quando eu menos espero, você passa, tão rápido quanto chegou. Quando eu vejo, você já tá bem longe. Longe dos meus devaneios. E então você chega de novo. E me vê
crescer.
Amadurecer. Vê mágoa. Vê tristeza. Mas também vê
felicidade. Vê novos caminhos sendo traçados. Vê novas formas de
alegria. Vê uma porta se abrindo. E então eu decido te ignorar. Te ignoro até você passar. Porque
você sempre passa. Passa, e nem sempre deixa aquele sabor amargo. Às vezes é
doce. É tão
doce que me faz pensar em não ter tanto medo de você assim...